Anna Freud - Psicanalista
Anna Freud, foi uma psicanalista, filha do pai da psicanálise (Sigmund Freud).
Anna, era a filha mais nova de Freud. Ele anunciou o seu nascimento, recebido mais com resignação do que com alegria, numa carta a um amigo, comentando que teria dado a notícia por telegrama se o bebê fosse menino. Mas o ano do nascimento de Anna, 1895, foi talvez simbólico, ou profético, porque coincidiu com o nascimento da psicanálise e também porque ela foi a única que anos depois decide seguir os passos do pai e tornar-se analista.
Esse
desejo não correspondia aos de Freud, que desejava que Anna se
casasse e tivesse filhos, tendo sido contra a ideia de que ela
seguisse a carreira psicanalítica. Mas no final de tudo, acabou
cedendo. “O que eu podia fazer?”, disse ele. “Ela era minha
filha”. Aos 14 anos, Anna, sentava-se discretamente num canto das
reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena, absorvendo tudo o que
era dito.
Anna
fez diversas obras e livros, tais como: O tratamento psicanalítico
de crianças, Infância normal e patológica, O ego e os mecanismos
de defesa, etc. A maior parte de seu trabalho foi feita em Londres,
onde a família de Freud se instalou depois de fugir dos nazistas em
1938. Ela abriu uma clínica na casa vizinha àquela onde Freud
morreu, tratando de pacientes e instalando ali um cento de
treinamento psicanalítico onde muitos psicólogos clínicos
americanos estudaram.
Já que tocamos nesse assunto, falaremos então sobre suas obras.
Constituído
de três capítulos principais, o livro de Ana Freud poderia, do
ponto de vista cronológico, ser dividido em duas partes, que
representam duas épocas e duas situações bem diversas quanto à
experiência da autora. As duas primeiras representam seus primeiros
conceitos, ligados à primeira fase de sua experiência em Viena:
Introdução à análise de crianças (I926) e A Teoria da análise
infantil (1927). A última - Indicações de análise para crianças
- data de 1945 e representa uma experiencia sedimentada, com a
conseqüente revisão de conceitos e posições. Segundo declara a
própria autora, teriam influído para essa revisão os aspectos
culturais, decorrentes de maior penetração e assimilação dos
conceitos psicanalíticos no ambiente familiar e educacional da
criança. Um
dos critérios expostos por ela para seleção de casos para
tratamento é o de distúrbio do desenvolvimento normal. "A
sugestão, portanto, é avaliar a gravidade de uma neurose infantil,
não de acordo com o prejuízo que causa às atitudes da criança, de
algum modo especial, ou em determinado momento, mas sim de acordo com
o grau em que (essa neurose) impede a criança em seu desenvolvimento
posterior." Um dos pontos altos do livro é a conceituação
condensada, em poucas linhas, dos mecanismos de defesa, assunto
estudado pela autora em volume especial, que constitui um dos
clássicos da psicanálise.
(Resumo do livro: Biblioteca Digital)
Com
uma escrita fácil e envolvente, a autora retomou os conceitos
básicos da teoria psicanalítica e focou os processos mentais
acessíveis, em parte, ao consciente, demonstrando como o ego
funciona, como reage às demandas inconscientes e como podemos
entender as repercussões desse jogo de forças mentais no
comportamento das crianças e suas consequências na vida adulta.
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Frases de Anna Freud
“Mentes
criativas são conhecidas por sobreviverem a qualquer tipo de mau
aprendizado”
“As
crianças geralmente não se culpam por se perder.”
“Se
algum desejo ser não for atendido, não se surpreenda. Nós chamamos
isso de vida.”
“A
primeira vista a um hospício é sempre um choque.”
“Viver
sem ser capaz de julgar a si mesmo, criticar o que se tem feito, e
ainda aproveitar o que se faz, é inimaginável pra mim.”
- Letícia Butterfield
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